terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Veztido, por Lu Glaeser

O Tessituras recebeu sua primeira emenda, e logo dela, a querida Lu Glaeser. "Arrecadamos links". Que lindo! Quem será o próximo?


veztido

pra Taube
"Queria mostrar meu vestido novo - diz. 
- É um vestido de dama de honra e todo feito à mão. 
Gostou? Comprei em loja de segunda mão por um dólar. 
Alguém costurou todos esses pontos e fez o vestido mais feio que já vi. 
Dá pra acreditar? 
A saia é mais comprida de um lado que do outro e a cintura do vestido fica na altura dos quadris.
[...] Marla diz que ama essas coisas que as pessoas adoram intensamente, 
mas logo se livram delas." 
PALAHNIUK, Chuck. Clube da Luta
Nova Alexandria: São Paulo, 2000. p. 69
na hora que li, abrindo o acaso,
parecia tão bonito e cheio...
depois, duvidei que um pedaço assim fosse suficiente pra dizer.
aquele "alguma coisa" que me vem, quando encontro meus sublinhados de uns tempos esquecidos. ou nem tanto assim.
enfim.
aí veio um convite de mulheres-de-atenas, da Mônica [@primeirafila]
pra tecer redes.
fui bisbilhotar os textos que ela sugeria como disparos.
claro, na cabeça da gente sempre se imagina aquela conexão mágica dos momentos.
meus olhos brilharam, fiquei afoita pra mandar o trecho sublinhado na década passada.
quando digitei, estranhei o incompleto.
deixei adormecer.
...mas há que se reconhecer essa incompletude...
desculpa boa pra não lapidar o entendimento.
mas ou se partilha o rascunho, ou se faz greve.
então, jogo meu fragmento.
pra quem for, ele fará seu sentido.
ou não.
e aí, ganho em dobro.
como um peso.
pra Taube, pq Palahniuk nos une.
todo gosto que se partilha faz ponte.
não faz?
[pixies ao fundo]
e se não precisa terminar, a gente não termina.
vai pra outras lembranças que dançam
não tanto mesmo assunto, que já nem sei qual é.
mas sensação prima.
qual?
aquelas gurias, de quem gosto tanto tanto que elas nem sabem.
os humores de todas as cores.
e digo das tais, toda erguida, 
"é minha amiga".
mesmo que no íntimo soe uma verdade-soberba,
porque nem parece certo pegar pra si uma distinção dessas.
[duvido de quem não me entenda]
amigas de cartas-trocadas.
ainda que poucas, perto das tantas redigidas nas ficções de encontros.
enfim.
tem o caso do vestido, da Thums
[tô revirando o blog inteiro, pra encontrar - e só penso:
essa guria é genial. (pronto, achei, tempo real: parte 1; parte 2 - des-fecho)].
tem uma crônica da Thais, no "valentino dress", mas tô achando
que ela me sacaneou e apagou a confissão [Thais, texto solto no mundo 
não te pertence - devolve ao teu leitor...].
paro.
mas agradeço sugestões de links.
arrecada-se. 
pra fazer fios, pontos, nós.
e mandar pra Mônica, que faz tecido profissional.
[o texto dela intimida, muito, de tão bom]
---
hmmmm, a memória é quase vilã da minha novela-novelo.
lembrei, agora - mas não tarde - de uma resenha bonita
e toda recomendável da Ju Schmitt.
tá na Revista Iara ::
Instâncias subjetivas das roupas: quando o vestuário conta histórias :: http://www.iararevista.sp.senac.br/index.php?varURL=conteudo.php?varId=94&varEdicao=4

>>> Publicado originalmente em pensandoemmoda.posterous.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário